ESG – Environmental, Social and Corporate Governance; Em português, o termo significa Boas Práticas Ambientais, Sociais e de Governança Corporativa e é dessa forma que devemos entender no mundo corporativo brasileiro. 

O que vêm chamando atenção nos últimos tempos, mais precisamente dos anos 2020 em diante e com a proximidade da reunião da COP 28(Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) em Novembro em Dubai, www.cop28.com,  coordenada pela ONU para determinar as novas metas a serem perseguidas pelos governos e empresas para a busca de um planeta mais sustentável, verifica-se posicionamento das grandes empresas para esse detalhe, aliás não é um pequeno detalhe, pois passou-se a discutir e implementar os seguintes pontos;

1) Agricultura com baixa emissão de carbono na atmosfera;
2) Recuperação de Florestas e controle efetivo do desmatamento;
3) Recursos disponíveis para Energias alternativas e renováveis;
4) Desenvolvimento em larga escala de novos tipos de combustíveis e não poluentes, tipo Etanol e Hidrogênio Verde;
5) Reciclagem em larga escala de resíduos industriais, principalmente Plásticos biodegradáveis e embalagens passíveis de reciclagem e reaproveitamento; 
6) Desenvolvimento de novas tecnologias em redução de poluição e novos combustíveis;

É importante frisar que o Brasil desponta como uma dos principais “players” neste novo conceito ESG, pois detém a maior diversidade florestal do mundo, maior bacia hidrográfica e com larga utilização em utilização de energia renovável e também como um países que vêm investindo fortemente na evolução do Hidrogênio Verde como o combustível. 

Não está se fechando os olhos para que ainda existem no país forte desmatamento e empresas que estão ignorando metas ambientais.

O risco embutido neste descaso é que essas empresas estão e já correm o risco de serem cobradas pelo mercado consumidor a respeito deste e de outros descasos envolvendo ESG. 

Iniciativas com relação a isso estão sendo tomadas, seguem exemplos;
– O Banco do Brasil está disponibilizando recursos na casa dos R$ 300 bilhões para financiar empresas, incluindo as PMEs, que tenham como objetivo metas e materialidade em ESG;
– A Gerdau teve grande envolvimento no Grande Prêmio de F1 ao fornecer Aço Inoxidável 100% reciclado na reforma do Autódromo de Interlagos;
– Empresas de Seguros estão analisando clientes PJ em suas práticas ESG antes de realizar a conclusão de sua apólice;
– Fintech americana Arara.Io chegou ao Brasil com o intuito de intermediar negócios entre tomadores e doadores de recursos, desde que busquem metas dentro dos escopos ESG;

Essa lista tende a aumentar e nós da EQA Gestão estamos engajados neste desafio também, pois estima-se que nos próximos 10 anos serão necessários R$ 10 Trilhões somente para atender as metas que deverão ser preconizadas na COP 30, a ser realizada no Brasil, para serem atingidas até 2050.

Desafios e oportunidades estão lançados, o entender e querer participar deles é uma decisão que começa dentro da empresa e deve ser incorporada por todos e sem deixar de gerar resultados sustentáveis para os acionistas e investidores. 

POR: Alberto Cruz